terça-feira, 2 de dezembro de 2008

As Cianobactérias (algas azuis, cianofíceias, Nori jou, blue-green algae)

Muito conhecidas como algas azuis, as cianobactérias apresentam, ao mesmo tempo, características de algas e de bactérias. A característica que as assemelham as algas é a possibilidade de fazer fotossíntese e ao mesmo tempo são microorganismos procarióticos, ou seja, sua estrutura celular corresponde a célula de uma bactéria.
Cianobactérias podem ser unicelulares, ou seja, de uma única célula, colônia de células únicas ou cadeia de células filamentosas, comumente rodeadas por um revestimento gelatinoso. Elas não possuem reprodução sexuada, mas em condições desaforáveis, as cianobactérias produzem células especializadas que são cheias de reserva alimentícia.


As algas azuis podem ser o terror de muitos aquariofilistas, já que esses microorganismos possuem uma grande flexibilidade a adaptações bioquímicas, fisiológicas, genéticas e reprodutivas o que garantem a perpetuação em ambientes aquáticos de água doce ou salgada.
Aquaristas têm a oportunidade de observar um fenômeno que é importante no ciclo global do nitrogênio. Cianobactérias são capazes de coletar nitrogênio dissolvido na atmosfera e armazenar em seus tecidos celulares. Quando elas morrem e se decompõem ou quando são comidas por peixes herbívoros, esse nitrogênio armazenado retorna a água como amônia, deste modo, fornecendo comida a outras algas. Assim, aquários sem peixes e sem adição de comida podem, com uma população de cianobactéria e um filtro de bactérias aeróbicas, desenvolver altos níveis de nitrato acumulado

A Spirulina, uma espécie de cianobactéria muito popular como “alimento nutritivo”, vem sendo utilizada a tempos pelo seu alto valor nutricional e pelo fácil cultivo em lagos. Muitas outras cianobactérias são tóxicas a humanos e animais.

Como identificar?
Nem todas as cianobactérias, apesar de serem conhecidas como algas azuis, apresentam a coloração azulada. Algumas apresentam a coloração verde azulada, verde escuro e verde brilhante. Possuem também, um cheiro muito forte de mofo e podem se fixar nas pedras, troncos, substratos, plantas e decoração. São muito comuns em aquários novos que ainda não estão estabilizados e normalmente começam a se proliferar a partir do solo e, posteriormente, se alastrando por todo o aquário.


Porque aparecem?
Normalmente, o aparecimento das cianobactérias denuncia que a água do aquário se encontra em condições abaixo das desejáveis. Filtros novos, pouca oxigenação, alta temperatura, baixa movimentação da água e acumulo de matéria orgânica podem ser fatores importantes para serem observados. A iluminação também pode ser um fator de cuidado, pois tanto o excesso quanto a falta dela pode favorecer a formação das cianobactérias.

Como controlar?
A princípio, uma boa sifonagem e limpeza do filtro devem ser feitas, mas isso não vai resolver o problema a longo prazo. Trocas parciais de até 30% e o controle do excesso de iluminação deverão ser uma rotina enquanto as cianobactérias estiverem no aquário, isso sem esquecer de continuar sifonando em todas as trocas parciais e fazendo sempre a limpeza do filtro. Ao mesmo tempo, o máximo de cianobactérias devem ser removidas com as mãos ou utilizando o próprio sifão como instrumento.
Um aquário bem plantado, com plantas de crescimento rápido, pode ajudar a combater as cianobactérias, pois essas plantas vão competir pelos mesmos nutrientes necessários para a proliferação das cianobactérias.

Caso isso não resolva, um tratamento de choque sem a utilização de medicamentos poderá ser feito. No exterior, uma técnica muito difundida e pouco conhecida aqui no Brasil é a “3-day blackout” ou “apagão de 3 dias”. Nessa técnica é feita uma troca parcial de 30% a 40% da água e em seguida a iluminação é desligada e o aquário coberto com um pano preto ou qualquer outro material que impossibilite a passagem da luz. O aquário deverá ficar nesse estado por 3 dias seguidos e logo após o final da aplicação dessa técnica, uma nova troca parcial deverá ser feita. As plantas não sofrerão em nada com esse apagão, mas as algas deveram estar enfraquecidas o suficiente para serem exterminadas.
A utilização do esterilizador Cubos UV Light no tratamento e prevenção das cianobactérias é muito indicado, mas não consegue resolver o problema por completo. A radiação UVc conseguira acabar com a reprodução por esporos, mas nem todas cianobactérias se reproduzem dessa forma. Existem também cianobactérias que se reproduzem por divisão celular ou fragmentação.


Um comentário:

Vamo Inter disse...

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